segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Following

Tenho andado um pouco afastado do blog. Não sei se por falta de inspiração ou por estar focado em outras ocupações. Esse período tem se anunciado bastante peculiar e completamente mutável. Pretendo escrever sobre algumas coisas interessantes sobre esse momento na Ufes e em breve alguns anseios tomarão corpo e serão divulgados aqui.


Enquanto isso, me deparei hoje com tal notícia:
Organização do US Open tenta impedir uso do Twitter durante o torneio de tênis
Tenistas, treinadores e árbitros receberam alerta sobre mau uso do serviço.
Medida quer evitar que vazamento de informações influenciem resultados.

Não sei dimensionar o quão inusitada essa notícia é, mas ficou mais difícil ainda determinar as dimensões tomadas pelo Twitter em todo o mundo. O serviço de microblog se espalhou por vários países, caindo nas graças de diversas celebridades mundialmente famosas. Atores, cantores, esportistas, humoristas e afins encontraram no Twitter uma forma de poder expressar os seus trabalhos e pensamentos, além de se aproximarem do seu público alvo - consumidor, ou não. Tamanha foi a proporção que o serviço tomou, que a organização do quarto Grand Slam (série de torneios mais importantes do circuito profissional de tênis) do ano, o US Open, está tentando impedir que os atletas e demais profissionais da área utilizem o meio durante a competição. O tenista americano Andy Roddick, adepto do Twitter, já deu uma twittada dizendo que acha estranho a organização do evento tentar regular o que os atletas fazem no seu tempo livre. E de fato é. Talvez a organização esteja tentando manter uma espécie de surpresa no ar, tentando impedir que os jogadores divulguem detalhes dos seus treinamentos e etc. A censura já ficou pra trás e a desculpa dos organizadores é totalmente descabida, porém tudo isso me fez pensar em o quanto a não utilização do Twitter seria proveitosa para a mídia detentora dos direitos de transmissão do torneio na TV. Não sei se vocês já perceberam, mas cada vez mais ganham destaques as notícias do tipo "Por meio do seu Twitter, Aloizio Mercadante declara que deixará o PT de forma irrevogável", "Palmeiras anuncia contratação de Muricy Ramalho pelo Twitter" e por aí vai. Ninguém ainda notou que as entrevistas têm se tornado pouco menos necessárias que antes? Para quê eu precisaria assistir à entrevista de Andy Roddick na TV, sendo que eu posso ver o que ele está achando do torneio pelo Twitter? Tem se tornado mais cômodo para uma figura pública, declarar suas opiniões, suas explicações, divulgar seus trabalhos e novidades pelo seu computador pessoal, no conforto de sua casa ou escritório, ou em qualquer lugar usando um notebook ou celular, do que convocar uma coletiva de imprensa pra isso. Já estou vendo a hora de o Governo Federal fazer os seus pronunciamentos oficiais via Twitter e de Dunga convocar a Seleção pelo Twitter. Isso me preocupa. Mas, como membro do universo da Comunicação, também tenho que aderir ao serviço e ficar atento ao que dizem por aí. Afinal, Twitter virou matéria-prima para nós. Está todo mundo seguindo e todo mundo sendo seguido, e não é mania de perseguição.

Para quem ainda não me segue, comece a seguir: www.twitter.com/leandronossa

sábado, 22 de agosto de 2009

Arquivando

O senador paulista Aloizio Mercadante voltou atrás e afirmou que permanecerá no cargo de líder do PT no Senado, atendendo a uma vontade do presidente Lula.

O líder do Governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), pediu a convocação da ministra Dilma Roussef à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para o próprio requerimento ser rejeitado pela bancada governista, atendendo a um pedido do Governo.

A Mesa Diretora do Senado rejeitou o recurso contra o arquivamento das representações envolvendo o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), atendendo a um pedido do Governo.

Se a voz do povo é a voz de Deus, a voz do Governo é a voz de quem?!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Mais que um alento

Ao ouvir aquela lamúria, aquele desabafo, uma espécie de: "Já era, foi tudo em vão. Voltei à estaca zero", a pessoa que sabia de todos os problemas, defeitos, bloqueios, medos e angústias daquela que proferiu a sentença, apenas respondeu:
"Nada foi em vão. Pelo contrário, você vai crescer muito".

Palavras que nos motivam a viver vêm de pessoas que são exemplos de vida.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Idas e vindas

Reencontraram-se, dessa vez de corpo e alma. Caminharam por um trajeto conhecido. Um necessitava da presença do outro. A voz ouvida era agradável a ambos. Os olhares transmitiam sinceridade. Um flahsback vinha à mente. Lembranças de momentos felizes pipocavam em abundância. Era chegada a hora de recordar esses momentos com alegria e tranquilidade. Tudo ficava tão claro, tão leve, tão pacífico. Um alívio era sentido pelos dois.
Palavras foram proferidas, fatos foram explicados, ensinamentos foram refletidos, situações foram diagnosticadas, desejos foram compartilhados. O futuro será aguardado.
Palavras se tornaram apenas palavras. A conversa se transformou em silêncio. O reencontro se resumiu em um gesto simples e singelo. Um abraço que exalava uma imensidão de sentimentos e pensamentos. O tempo passava e não era mais percebido. Nada era mais significativo que aquele momento, que aquele calor.
Cada um seguiu a sua direção. A certeza de que poderão se cruzar naturalmente pelos caminhos que serão traçados se fez presente. Tudo ao seu tempo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Mereço pegar o tro.. Protti.

O tão famoso e falado trote aplicado nos alunos iniciantes, conhecidos como calouros, das Universidades, proporciona um debate sem fim. Ontem na realização de uma das atividades da semana pré-trote do curso de Comunicação Social da Ufes, nós, alunos do curso, fomos abordados pelo Ouvidor da Universidade. Em um discurso pomposo acrescentado de pitadas de lições de moral, o dito cujo era contundente: "Digam não a esses veteranos autoritários! Que impõem e os obrigam a sofrer essa humilhação". Enquanto apontava o seu dedo - sujo ou não - para nós que comandávamos os trabalhos. Como alguém pode falar em autoritarismo com tanta rispidez? Faltou só um púlpito e homens armados fazendo a sua escolta.
Lembrando que o que se realizava ali não era o TROTE. Era um passeio descontraído pela Ufes. Como atividades dessa semana pré-trote ainda há a doação de alimentos para uma instituição de caridade e doação de sangue, consideradas pelo Sr. Ouvidor como uma "provocação iluminista". Quem que entende?
O elefantinho é tão humilhante assim? Só estava participando daquilo quem queria. Teve gente que não quis participar e não participou. Ninguém estava ali obrigado pelos veteranos "totalitários". O sorriso na face de cada calouro era marcante. Quem já passou por essa experiência, sabe como é a sensação que aquele momento proporciona. Um misto de "mico" com felicidade. É nessas horas que a ficha cai: "estou numa Universidade Federal, passei!" São momentos marcantes que aproximam os alunos iniciantes com os que lá já estão. Nada de errado era feito ali. Não vi ninguém obrigando os calouros a beberem cachaça, comer ovo podre, rolar no esterco.
Porém, é tão fácil reprimir esses "criminosos" que obrigam outros seres humanos a cantar e passear pela Ufes com os pés amarrados uns aos outros. E os "criminosos" que não proporcionam uma educação de qualidade para nós serão reprimidos quando?

domingo, 9 de agosto de 2009

Feliz Dia dos Pais or something.

Já não dormia mais no quarto do casal. O colchão era colocado na sala e ali era o seu novo lugar de repouso. Portas da casa fechada. Quartos trancados. A luz da sala estava apagada. Só se ouvia o barulho da televisão, mesmo em um volume baixo. Era o primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 2006, era Flamengo x Vasco. O homem já estava deitado no colchão, de barriga pra baixo, sem olhar para a televisão, sem acompanhar a partida. Somado à narração de Luís Roberto, ouviam-se agora roncos e mais roncos. Ao lado do colchão, na poltrona, estava o filho. Muito ansioso pela partida, nervoso e esperançoso com o seu time do coração. Mas ao mesmo tempo triste. Muito triste por olhar pro lado e ver que, naquele local, ninguém compartilhava daquele momento com ele. Ficou desanimado e sem reação durante o jogo. Até surgir o belo gol de Obina. O filho não se segurou, gritou e vibrou. O homem que dormia, acordou com a alegria contagiante do filho. Olhou para a TV, viu a nação rubro-negra comemorar no Maracanã, deu um soco no ar e cumprimentou o filho. Um aperto de mão. Minutos depois era a vez de Luizão marcar seu gol, 2x0. Novos gritos, nova vibração. Dessa vez compartilhada com um abraço. O filho voltou a sorrir. Aquele momento de alegria proporcionado por 11 homens a quilômetros dali, fazia-o esquecer de todos os problemas recorrentes da época. Fim de jogo. O resultado era excelente. O filho desligou a TV e foi para o quarto. Abaixou-se e abraçou o homem deitado. "Boa Noite. Dorme com Deus".
Na semana seguinte ocorreu o segundo jogo da final. A luz da sala não estava mais apagada. As portas dos quartos não estavam mais trancadas. O filho seguia na poltrona. Mas não havia mais colchão na sala. O gol de Juan que deu o título ao Flamengo era comemorado por uma só voz. Um só grito na casa. Olhava para os lados e não havia ninguém com ele. Aquilo iria se repetir por muitas vezes. Seu alento era se unir às vozes e aos pensamentos de quem estava no estádio.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Get over

Chegou a hora de tirar o moleton.
Levantar da poltrona.
Lavar o rosto.
Se olhar no espelho e gritar: Chega!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Muitas mudanças!

09/03/2009
Acordo cedo depois de um bom tempo sem saber o que é isso. Um banho apressado. Como qualquer coisa e saio de casa. Ainda na minha rua, recebo um telefonema. Era Ludimila, já na Ufes, perguntando se eu já estava chegando. Tinha de 15 a 20 minutos de caminhada pela frente, mas falei "em 10 minutos eu chego aí". Apertei o passo pra chegar mais rápido. Mais suado que o habitual, chego à Ufes e procuro por Ludimila na entrada próxima ao Cemuni. Ligo pra ela e descubro que ela está lá onde saltou do ônibus. Parada no ponto em frente à PROGRAD. Tadinha, ainda não sabia onde era o Cemuni V. Como se fosse grandes coisas eu deter essa valiosa informação. Apreensivos e ansiosos caminhamos rumo ao nosso novo "habitat". Chego lá sem saber onde estou pisando. Percebo aquela diversidade de novos rostos, pessoas que fariam parte do meu cotidiano, mas que eu ainda não conhecia. Tímido e recusando toda a comida que me ofereciam do café da manhã, observava tudo que era possível. Das paredes às faces de cada um ali presente. Não sabia o que esperar. Não sabia o que iria acontecer. Tinha o medo e o nervosismo habitual do calouro. Dando aquele sorrisinho e aquele "oi, tudo bom?" sem saber o que viria de resposta. A mente estava repleta de incertezas.

Passou-se o 1º período e com ele todo esse sentimento recordado do café da manhã 2009/1. O período trouxe muitas mudanças, muitas experiências, bons e maus momentos que me fizeram terminá-lo com muitas certezas.

05/08/2009
Retorno ao mesmo local. Dessa vez, apenas alguns novos rostos. Também tenho novas sensações. Mais maduro, com mais vivência. Aquela ansiedade inerente aos calouros não existe mais em mim. Hoje já sei onde piso. Sei das vantagens e desvantagens que o curso proporciona, sei com quem posso contar, sei que criei algumas amizades sinceras, sei que posso receber ajuda até mesmo de quem menos espero, sei que muitas mudanças ocorreram. As experiências vividas foram todas elas engrandecedoras, todas deixaram o seu aprendizado, bom ou ruim. O que não mudou é que ainda há incertezas. Ainda não sei o que esperar, o que vai vir, quais serão as experiências deste período. Mas, pelo menos, sei que não estou sozinho.
E agora fico na esperança de que as certezas possam sobrepor todas as incertezas.

Os "dinossauros"

A coluna de Fernando Calazans no último domingo em O Globo, e aqui no Espírito Santo também em A Tribuna, falava sobre o então jogo daquela tarde no Maracanã, Flamengo x Náutico. Emerson foi desfalque do rubro-negro naquela partida. Calazans afirmou em sua coluna que o Sheik não faria falta nenhuma ao time do Flamengo, pois ele tem uma capacidade imensa de matar todas as jogadas de ataque criadas pela equipe. Foi além, afirmou que no Rio de Janeiro não há um jogador que passa mais tempo no chão durante as partidas do que o camisa 11 da Gávea.
Para quem viu o jogo, realmente Emerson não fez falta, Zé Roberto o substituiu muito bem, não é mesmo Calazans? Alguns "dinossauros" do jornalismo esportivo parecem ter parado no tempo, parecem não ter deixado as décadas de 60, 70 e 80 pra trás. O festival de comparações de jogadores atuais com jogadores do passado realizados por Fernando Calazans, José Trajano e companhia limitada, já encheu o saco. Aqueles "ah se fosse no meu tempo"; "estou acostumado a ver craque jogar, hoje só tem brucutu". Se não gosta do futebol atual e está cansado do que vê porque segue na profissão enchendo os ouvidos dos mais novos com tanta nostalgia, fazendo-os se "enojarem" do futebol atual? Esses aí devem estar tão cansados que quando surge um jogador aplicado, esforçado e até habilidoso como o Emerson, ele é crticado.
Fazer o quê, eles ficaram mal acostumados, não é mesmo?

Publicamente, Leonardo Moura pediu desculpas à torcida rubro-negra pela série de palavrões proferidos após o seu gol pra lá de salvador (não é mesmo, Léo?) no domingo. Não é assim que será perdoado. O melhor jeito de aliviar a sua imagem com a torcida é no campo, jogando o futebol que ele sabe.
"Na minha época, jogador nunca xingou torcedor".

domingo, 2 de agosto de 2009

Topete empinado

Quem é você, Leonardo da Silva Moura? Quantos Campeonatos Brasileiros você deu ao Flamengo? Quantas Libertadores? Quem é você pra xingar a nação de cambada de filho da p...?

Leonardo Moura começou a sua carreira profissional no Botafogo em 1999. Antes de chegar ao Flamengo, o lateral-direito já havia rodado por um time inexpressivo da Bélgica, um time inexpressivo da Holanda, pelo Vasco, Palmeiras, São Paulo, Fluminense e Sporting Braga de Portugal. Tinha, literalmente, rodado por esses clubes, sem se firmar e ser absoluto em lugar nenhum. Até chegar ao Clube de Regatas do Flamengo em 2005. Arrumou vaga de titular facilmente, também pudera, aquele time brigava por não cair e foi salvo por Joel Santana nas rodadas finais do Brasileiro. Mas, enfim, com o time fraco ou não, Léo Moura se destacava. Em 2006 com a chegada de Ney Franco e a implantação do esquema com três zagueiros, ele e Juan chegavam ao ataque com muita liberdade, Léo Moura fazia muitos gols e dava muitas assistências. Chegou ao ápice da carreira. Considerado por muitos como o melhor de sua posição no Brasil. Chegou até a ser convocado por Dunga no início de 2008. De lá pra cá, nunca mais foi o mesmo. Seu futebol caiu, como o seu relacionamento com a funkeira Perlla. De meados de 2008 pra cá, lá se vai 1 ano de futebol medíocre de Léo Moura. Mas depois de 231 jogos com a camisa do clube, ele parece estar tão acomodado, tão intocável que acha que pode até xingar a cambada que torce e sofre com o time todos os dias.
Léo Moura não era ninguém antes do Flamengo. Absolutamente ninguém. Fez sua fama no Flamengo. Ganhou seus únicos títulos na carreira pelo Flamengo (3 Estaduais e 1 Copa do Brasil). Chegou à Seleção Brasileira graças ao Flamengo. Léo Moura deve tudo ao Flamengo, à torcida que o sempre apoiou, que sempre gritou o seu nome nas arquibancadas do Maracanã seguido de um "É Seleção!". Mas, se a memória da maioria dos torcedores é curta, como proferem por aí muitos entendidos do futebol, a do jogador também parece ser. Pelo menos é o que demonstra o lateral. Parece que se esqueceu de tudo o que o Flamengo e sua torcida o proporcionou.
O torcedor que batalha pra pagar o ingresso tem o direito de te vaiar sim, Léo Moura. Você ganha sua centena de milhar todo mês pra quê? Pra se arrastar em campo? Pra não criar uma jogada de linha de fundo em 1 ano? Ou seria pra gastar com gel pra fazer o topete crescer?
Não foi a primeira vez. Não houve uma partida decente sequer do lateral em 2009. O time perdendo pro lanterna em casa, com uma atuação horrorosa tem que ser vaiado, sim. Agora se ele se acha no dever de mandar a torcida se f... e nos considerar uma cambada de filho da p... só porque fez o gol de EMPATE contra o Náutico no Maracanã, numa jogada em que ele apenas empurrou a bola pro fundo da rede, alguma coisa está errada. Refletir nunca é demais.

Quem é você, Léo Moura?

Impedido

Olhou para um lado. Olhou para o outro.
Muitas coisas ao seu redor. E uma delas chamava a sua atenção.
Tentou se aproximar. Não conseguia.
Tentou tocar no objeto de desejo. Foi impedido.
Havia um espécie de campo gravitacional que o bloqueava.
Quanto mais se aproximava, mais distante ficava.

Continuou apenas olhando...